sábado, 28 de julho de 2018

Análise: After Laughter - Paramore

Paramore, é uma banda de rock alternativo(pensando na carreira deles como um todo), cujo ultimo lançamento foi o disco after laght(um disco que a banda se distanciou do rock e abraça o pop com força). 


Fotos antigas do grupo
Como o Paramore em todos os álbuns anteriores fez rock então ainda considero a mesma como uma banda de rock. Se caso um eventual álbum seguinte seguir nessa linha atual aí eu já começaria a vê-los como uma ex banda de rock que migrou pro pop…

Banda atualmente
Enfim, o fato é que o Paramore lançou um disco bem diferente dos seus trabalhos anteriores, com sonoridade influenciada pelo New wave e Synthpop, músicas dançantes, muitas cores, clara influencia de música oitentista(pra mim a melhor década da historia da musica), e uma sensação de agridoce, pois em que pese o ritmo alegre, as letras são em alguma medida tristes e refletem um cansaço de Hayley Williams, até pelos problemas envolvendo o ex baixista Jeremy Davis.

Capa do ultimo disco
Apesar da minha surpresa quando ouvi a primeira faixa, o sentimento ao ouvir o álbum inteiro é mais do que salutar. Trata-se de um pop diferente desse tipo de música de pessima qualidade que faz tanto sucesso atualmente, quase 100% eletrônica, com letras fúteis. After Laughter, ao contrário, tem músicas de altíssima qualidade, extremamente bem-arranjadas, como pode ser conferido na faixa rose colored boy, por exemplo:



Apesar desse estilo, as guitarras ainda são vivas como pode ser notado nessa faixa:



Hayley mostra seu talento e versatilidade como vocalista, com uma grande atuação, seguida de perto pela competência do guitarrista Taylor York e a boa pegada do baterista Zac Farro, que retornou ao grupo. 

Apesar da diferente roupagem, ainda é possível sentir elementos característicos da banda aqui e ali. Esse trio é a formação atual da banda, que contou com a colaboração de uma boa equipe na gravação do álbum. 

A produção é execelente, como pode ser notado por exemplo na ótima orquestração para a música 26. A psicodelia vai além das músicas e permeia também a arte do disco, bem colorida, assim com o clipe de Hard Times:



O disco foi muito elogiado pela crítica, e não podia ser diferente, é um grande trabalho, tranquilamente um dos melhores discos do grupo(senão o melhor), vale muito a pena conferir.

Posso dizer que caso eles continuem nessa linha, o mundo perdeu uma boa banda de rock alternativo, e ganhou um excelente grupo pop.

terça-feira, 24 de julho de 2018

Os Proximos Passos da DC nos cinemas

Estamos a algum tempo sem um filme da DC Comics, mas os projetos no cinema estão vivos e temos novidades!



Inicialmente, quando foi divulgado o calendário de filmes do universo estendido da DC, estavam programados dois filmes para 2018, Flash e Aquaman.

O filme do Flash, como se sabe, não vai rolar esse ano, o projeto sofreu diversos problemas e foi jogado pra frente, mas felizmente parece que vai sair do papel e deve chegar aos cinemas em 2020.

Já Aquaman segue firme e forte e vai ser lançado no fim desse ano, em 13 de dezembro. Na Comic Con San Diego 2018 tivemos muitas informações sobre esse filme e as próximas produções da DC.

Resumo do momento da DC

Após o desastre que foi a bilheteria do filme da Liga da Justiça, a empresa repensou suas estrategias e os projetos, muitas especulações sobre possíveis novos filmes, de diversos personagens, surge um rumor sobre projeto x, depois sai a notícia que projeto x não vai acontecer, enfim, uma verdadeira bagunça.

Nesse momento parece que as coisas estão tomando um rumo, e a ideia é que os filmes embora ainda se passem no mesmo universo, não exista a necessidade de amarrar detalhes, cada franquia vai funcionar por si só (inclusive não existem planos no momento para um liga da Justiça 2).

Os próximos filmes da DC a sair no cinema:

Aquaman é o único filme para esse ano. A historia tem a inspiração na saga do personagem nos novos 52, onde ele deve disputar o trono de Atlântida com seu meio irmão, e um de seus principais vilões, o Mestre do Oceano.



Outro vilão do filme é o Arraia Negra, ou seja, logo de cara, no primeiro filme solo, os principais inimigos do herói marcarão presença.

James Wan dirige o longa, e a expectativa é alta, tudo que foi divulgado ate agora me agrada, o elenco e o diretor são bons, só resta aguardar para tirar a prova.

Confira o bom trailer



Shazam é o filme seguinte e deve ser lançado em abril de 2019. Será um filme de tom bem leve, com muita comédia. Promete trazer o frescor tão pedido(mais pela imprensa do que pelos fãs) para a DC, que é taxada de fazer filmes sisudos.



O vilão será o Dr Silvana. Mais e o Adão Negro? Você pode perguntar... Ele terá um filme solo com The Rock estrelando e ainda não tem data pra chegar nos cinemas. Acredito que um eventual sucesso do filme do Shazam vai acelerar esse processo.

 Eu gostei do trailer mas é aquela coisa, um filme feito no estilo sessão da tarde tem um grande risco de ser bom porem esquecível.

Pra mim, como fã de quadrinhos que sou, tenho o pensamento que todo filme de herói deve ser épico(como Aquaman parece ser). Enfim, pode dar certo e fazer muito dinheiro e eu torço por isso.

Trailer de Shazam



Mulher Maravilha 1984 chega aos cinemas brasileiros no dia 31 de outubro de 2019, e está no inicio das filmagens.

Um teaser foi transmitido na Comic Con, mas nós não temos acesso.

As expectativas são as melhores possíveis, Mulher Maravilha é um dos melhores filmes de Super heróis já feitos e todo o time está de volta, então devemos ter outro grande épico no final do ano que vem.












sábado, 21 de julho de 2018

quarta-feira, 18 de julho de 2018

BREATH OF FIRE III – ANÁLISE DOS PERSONAGENS #1





Em 1997, era lançado no Japão pela Capcom o terceiro jogo da franquia Breath of Fire. Esse jogo acabou se tornando um grande clássico de RPG do nosso querido PS1, Play 1 , PSX, ou seja lá o nome que você prefira dar. 

Embora seja o 3, esse título não é uma continuação do anterior, já que uma característica da saga é de que cara jogo conta sua própria história sem vínculos diretos, exceto a familiaridade com os mesmos monstros, raças, itens etc.

Esse jogo permite uma análise bem apurada seja da sua narrativa, trilha sonora ou jogabilidade, mas tem algo que sempre me chamou atenção no mundos dos games, e talvez pouca gente dê muita importância: o status dos personagens que temos para escolher.
 Cada jogador se identifica mais com um tipo de personagem, seja pela forma que ele luta, comporta-se ou personalidade. Trago a vocês, hoje, uma análise específica a respeito dos atributos dos 7 personagens jogáveis em Breath of Fire III. Vamos lá?

Antes das comparações, vamos ver um pouco o que cada atributo faz no jogo, e assim fica muito mais fácil perceber o potencial de cada time.

1 – HP (Health Points)
É o total de vida, o famoso “life” que sempre estamos preocupados

2 – AP (Abilities Points)
É o total de especial que o personagem tem, como se fosse a “mana”. Esse atributo permite o uso mais frequente das magias e especiais.

3 – Power (PWR)
É o ataque físico do personagem seja em ataques normais ou habilidades que tenham o dano físico.

4 – Inteligência (INT)
É responsável pelo dano e defesa mágicos

5 – Defesa (DEF)
É a proteção contra danos físicos

6 – Agilidade (AGL)
É o quanto seu personagem é rápido, sua mobilidade. Em BOF 3, a agilidade determina a iniciativa da ação, ou seja, quem tiver a maior agilidade começa fazendo sua jogada na rodada de combate. Esse atributo também permite turnos extras aos personagens.

Bem, já que agora estamos um pouco mais por dentro do que cada atributo faz, vejamos uma tabela com o status de todos no level 99, que é o máximo permitido no jogo. Lembrando estão sem qualquer bônus externo, apenas o que ganham por level.



 Em vermelho está o atributo que o personagem é o especialista. Para os que odeiam matemática, temos um gráfico mais apresentável:









Com os dados na mão, percebemos logo que Peco se destaca por ter o melhor HP e Defesa simultaneamente!!! Um verdadeiro tanque de guerra ou saco de pancadas.

Nina possui o maior AP do jogo, o que é esperado, já que possui o maior número de magias. É a maga da equipe. 

Rei é o mais ágil do grupo, com sua velocidade ele abusa dos turnos extras.

Momo, por sua vez, é a mais inteligente dos heróis, o que faz sentido já que ela é uma inventora, super cientista.

Garr não poderia ser o melhor em outra coisa a não ser o ataque físico. A cavalice em pessoa.

Teepo é um caso à parte, já que ele só é jogável no início do jogo. Parece ser uma pirraça dos desenvolvedores, Teepo tem o maior número total de pontos, um personagem extremamente equilibrado, tendo o potencial de ser usado de qualquer maneira, seja focado em magia, ataques normais ou sua agilidade.

 E o que dizer de Ryu? O que esperar do protagonista? Como acontece em diversos jogos, o nosso herói principal é um senhor equilíbrio na equipe ,uma versão mais fraca de Teepo.

 Por incrível que pareça, Ryu não é o melhor nem o pior em nenhum dos atributos, o que provavelmente foi feito para se adequar a todo tipo de jogador, pois Ryu não pode ser removido do time.

 Vale dizer que não estou dizendo que ele é fraco, com as Dragon Gems ele se torna o mais forte de todos de longe.



E vocês leitores? Qual time prefere? O trio da testosterona (Rei, Ryu e Garr), como eu costumo chamar... ou uma equipe mais voltada para magia, com o uso de Nina e Momo? Até a próxima galera!!!


segunda-feira, 9 de julho de 2018

Discos fundamentais de estreias de vocalistas


Já reparou que muitos discos de estreia de um novo vocalista em uma banda é um disco diferenciado? Claro, obviamente o disco vai soar diferente do que os anteriores por ter alguém novo nos vocais, mas o que quero dizer é que não são só diferentes, mas um destaque na carreira da banda, um sucesso com os fãs e a crítica e considerado um dos melhores senão o melhor disco da banda em questão.
Nesse momento o caro leitor deve estar pensando em alguns exemplos. Mas qual a razão disso? Será que existe algo em comum nesses casos que explique esse fenômeno? Vamos analisar alguns casos de discos que marcam a entrada de um novo vocalista em uma banda que já tem um tempo na estrada, e verificar se existe alguma conclusão sobre isso.

The Number of the Beast – Iron Maiden




Esse disco é não só um dos maiores clássicos do Iron Maiden como está em qualquer lista de principais álbuns da história do metal. Quando lançado em 1982, chegou ao primeiro lugar nas vendas do reino unido e é o maior sucesso comercial da banda até hoje. The Number of the Beast é o primeiro trabalho de Bruce Dickinson como vocal do grupo, substituindo Paul Di'Anno.
Di'Anno que fora demitido da banda, dentre outras razões, por seus problemas com drogas. Musicalmente, a influência do punk que o antigo vocalista carregava foram deixadas de lado, e Steve Harris adotou um enfoque diferente nas composições, aproveitando-se da voz de Bruce Dickinson, que por sua vez, ajudou nas composição de algumas músicas do álbum, embora não assine nenhuma delas. Ora, o grupo já tinha um reconhecimento por seus trabalhos anteriores, mas com Dickinson eles alcançaram um novo patamar, não que Paul fosse um mal vocalista, mas a voz e o estilo de Bruce faziam ele o cara perfeito para estar ali.
Esse disco é a prova disso, canções como "Children of the Damned", "Run to the Hills" e "Hallowed Be Thy Name" sacramentaram o Iron Maiden como uma das principais bandas da história.


         
                Heaven and Hell – Black Sabbath



Os anos de ouro do Sabbath tinham passado e a situação com o icônico vocalista Ozzy Osbourne estava insustentável. Após sua saída era preciso encontrar alguém que pudesse assumir o vocal a altura e ajudar o grupo a voltar ao nível de qualidade de álbuns anteriores, pois os dois últimos haviam sido altamente questionados.
Podemos tranquilamente dizer que a resposta a essa questão saiu melhor do que a encomenda. Ronnie James Dio, ex-vocalista das bandas Elf e Rainbow, assumiu os vocais e o resultado foi essa obra prima do heavy metal, Heaven and Hell. Lançado em 1980, foi um sucesso de público e crítica, levando o Sabbath de volta ao topo.
Nesse caso observamos o quanto o novo cantor foi importante na criação do disco; Dio escreveu todas as músicas e teve uma atuação memorável no vocal. Seu estilo deu uma cara nova a banda, foi um refresco necessário a um grupo que precisava se reinventar. É importante frisar a diferença na sonoridade da banda em comparação a era Ozzy, pois este cantava como que acompanhando os riffs de Iommi, enquanto Dio tinha uma forma diferente de cantar, o que influenciou os riffs que foram compostos em Heaven and Hell.
O disco de estreia de Dio é considerado um dos melhores da carreira da banda, e foi muito influente no estilo nos anos seguintes.



The End of Heartache – Killswitch Engage



The End of Heartache é o terceiro disco de estúdio do Killswitch Engage e é considerado um dos melhores e mais influentes discos de metalcore já feitos, assim como o melhor da banda (fama essa dividida com o Alive or Just Breathing, que é o preferido de outra parte dos fãs e crítica). Lançado em maio de 2004, tem a estreia do vocalista Howard Jones que substituiu Jesse Leach (antecessor nos vocais do Killswitch) a altura, com uma grande atuação assim como o resto dos músicos.
Embora Howard estivesse mais habituado a um tipo de metal mais sujo do que o som que o Killswitch fazia, ele se adaptou muito bem ao novo estilo e foi importante no trabalho que a banda fez em The End of Heartache. Ele foi bem recebido pela maioria dos fãs, apesar de uma parcela não ter aprovado a mudança, parcela essa que deve ter comemorado o retorno de Jesse Leach para a banda em 2012.



Queensrÿche – Queensrÿche




Entre 2012 e 2013 os fãs do Queensrÿche assistiam uma situação no mínimo inusitada; Com brigas internas a banda não podia mais continuar unida, de um lado o vocalista Geoff Tate, do outro os demais integrantes. O problema foi que os dois lados reivindicavam o nome da banda. 
Enquanto o imbróglio continuava, os dois grupos que se intitulavam Queensrÿche lançaram discos no ano de 2013. O grupo formado por Geoff Tate lançou o álbum Frequency Unknown, e os demais integrantes convidaram Todd La Torre para assumir os vocais e lançaram o disco homônimo.

Queensrÿche (2013) foi um disco extremamente elogiado pela crítica, e também agradou os fãs. É considerado um dos melhores discos da banda, que desde os clássicos Operation: Mindcrime e Empire não conseguia repetir seus momentos mais inspirados. Os últimos discos com Tate inclusive são considerados decepcionantes por boa parte dos fãs. O fato é que Todd La Torre foi uma excelente escolha para vocalista e teve uma grande performance em seu primeiro trabalho com o grupo.

O direcionamento musical tomado com o disco homônimo agradou ao público; sabemos que um dos motivos da saída do antigo vocalista eram as divergências em relação ao som da banda, o que pode ser percebido ouvindo Frequency Unknown, um disco bem diferente do lançado pelos antigos companheiros de Tate. Posteriormente os envolvidos entraram em acordo e a versão oficial do Queensrÿche é formada hoje por Michael Wilton Scott Rockenfield, Eddie Jackson, Parker Lundgren e Todd La Torre.



Back in Black – AC/DC


Após a morte de Bon Scott o AC/DC precisava seguir em frente. Back in Black foi lançado em julho de 1980, com Brian Johnson a frente dos vocais, e não é nada menos do que um dos discos mais importantes para a história da música. Um sucesso colossal, vendeu a quantia obscena de mais 51 milhões de cópias até hoje. É o álbum de rock mais vendido de todos os tempos e segundo no geral, só perdendo para Thriller, de Michael Jackson.

Substituir Bon Scott não seria uma tarefa fácil mas Brian Johnson se provou mais do que competente para manter o nível do vocalista anterior. Suas contribuições em Back in Black ajudaram a banda a cumprir a também dificílima tarefa de manter o nível astronômico de qualidade de seu disco anterior, Highway to Hell.

Não tem muito mais a falar desse disco que todos já não saibam, é um clássico absoluto e o maior exemplo dessa lista, com uma responsabilidade enorme o novo vocalista cumpre as expectativas e a banda lança um disco muito elogiado que é um marco para a carreira dos caras e para a história do rock.




Existem exemplos de discos de estreia de vocalistas que marcaram bandas brasileiras, como Rebirth, Seaquake e Depois da Guerra.

 Rebirth – Angra



É verdade que nesse caso não só o vocalista é novo como também metade da banda, mas Edu Falaschi se mostrou um grande vocal e esse disco é realmente muito bom, foi bem recebido pelo público, Nova Era e a música tema são clássicos da banda. A turnê e o DVD tiveram grande repercussão, eu mesmo conheci a banda nessa época.








Seaquake – Stauros


Com a saída Celso de Freyn do Stauros, César assumiu o posto e em 2000 a banda lançou o excelente Seaquake, um disco ainda mais técnico do que o anterior, primeiro trabalho do grupo cantado em inglês, foi bem elogiado pela crítica e levou a banda a ser conhecida também no exterior.










Depois da Guerra – Oficina G3



Considerando o melhor disco da banda e um dos melhores do metal nacional na década passada, Depois da Guerra foi um marco na carreira do Oficina, a banda foi até premiada com um grammy latino por esse álbum. Mauro Henrique substituiu Juninho Afram como voz principal do grupo, é importante frisar que quando Henrique entrou para a banda o disco já estava quase finalizado, porem ele ainda pôde contribuir, inclusive trazendo a música incondicional para a banda, além de sua grande performance no vocal.







Como já era de se imaginar, não existe uma formula que justifique o disco de estreia de um vocalista ser um marco na carreira do grupo, cada caso tem suas particularidades. O fator novidade com certeza ajuda a alavancar as vendas, os fãs querem saber como o grupo vai soar. Em cada exemplo vemos situações diferenciadas, inclusive em momentos diferentes da carreira de cada banda, porem a qualidade desses trabalhos é sempre algo a se destacar. De qualquer forma a estreia de um membro tão importante para qualquer banda como o caso do vocalista será sempre um acontecimento especial para o grupo para os fãs.